Ontem, dia 23, ocorreu a esperada festa julina da Paróquia Cristo Rei. Uma festa grandiosa em prol das melhorias na referida comunidade. Esse evento tinha um adicional a mais no quesito desejado: a venda do álcool, prejudicaria ou não a festa? Acabei indo para verificar a reação dos frequentadores.
Na chegada logo verifiquei um detalhe que, a priori, acreditei que seria causa de muitos problemas: na frente do portão paroquial, mas do outro lado da rua, havia barraca de cerveja e coquetel. Pensei: essa quero ver... vamos verificar o que a "sobriedade" vai fazer.
Entramos, compramos quitutes, fomos no bazar, encontramos nossa família, enfim, foi extremamente agradável. Porém percebi que os participantes da festa compravam a cerveja e entravam, normalmente, ao contrário do que previa a "sobriedade", já que eles fazem e acontecem, são os donos da igreja e diziam que barrariam as pessoas.
Não bebi cerveja, apenas um copo de quentão (que estava sendo vendido na própria festa [detalhe: álcool! Que contradição!]) e refri, juntamente com meu esposo. Após certo tempo, decidimos ir embora, já que estava com sono e cansada.
Resumindo: essa festa seria um meio termo entre o que eu penso e o que nosso pároco aceita - a igreja vendeu álcool? Não! Mas quem gostaria ficou sem beber? Não, porque, quem quisesse, teria a opção de sair da festa, comprar a bebida e voltar.
Gostei da festa, porque contemplou todo o povo de Deus, povo este tão heterogêneo e multicultural. Agora o que me admira é que, em sua homilia na Missa na Migrante, nosso vigário pe. Paulo Ricardo elogiou a festa por não ter havido álcool, que os pais não chegaram em casa e não brigaram com suas esposas e filhos etc. que contradição: houve álcool (mesmo que indiretamente), não houve brigas (porque nas festas anteriores não houveram brigas) e quanto a briga de maridos... bem, será que ele tem essa "televidência", ou amplitude para saber se há ou não brigas em casa quando a álcool nas festas religiosas? Como ele mesmo afirmou em sobre festas cristãs, "o mundo acha um sacrifício a gente optar por uma festa religiosa, em vez da balada"; ou seja, não é qualquer um que vai em festa de igreja.
Isso só nos prova uma coisa: nossos atuais padres não estão tão presentes em nossos eventos comunitários, pouco conhecem dos seus paroquianos e pouco ajudam (braçalmente) nas festas. Verdade seja dita e justiça seja feita!
Parabéns pelo texto. Simples e direto. Não tem como não ser favorável ao que você diz. Seria uma ótima advogada. Todos os argumentos sustentam que a cerveja não é o mal, mas os próprios homens. Desta forma, não deveria ter homens na missa, nas festas religiosas, nos grupos de igreja, etc, pois eles são o mal, e, pelo que vi, aquilo que é contrário ao bem deve ser barrado. Coitada da cerveja que acaba sempre levando o pato.
ResponderExcluirpois é... ainda bem q meu boguinho sempre concorda comigo!
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