quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quem somos nós?


Um erro muito comum em indivíduos ao frequentar regularmente uma comunidade é a de começar a sentir-se no direito de julgar as pessoas, as atitudes e comportamentos. Não apenas em nossa igreja, porém nas demais também. Não tenho certeza, entretanto creio que o ego, o conhecimento adquirido cresce e faz com que o indivíduo considere-se capaz de julgar quem está certo e errado, quem vai para o inferno ou para o céu, se tal ser é bom ou mal etc. todavia, sem saber conscientemente, caímos em uma grande armadilha: a do falso devotismo. Por trás de um rótulo “sou cristão praticante”, nos tornamos deuses “decididores” do destino do povo.


Lembra-se de Lc 18, 10-14? “Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.” Pois é, irmãos... essa passagem é para nós! E Mt 12, 24? “Mas, ouvindo isto, os fariseus responderam: É por Beelzebul, chefe dos demônios, que ele os expulsa”. Que tal Mt 7, 1-5? “Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.”

Devemos ser como a humilde “escrava do Senhor”, que tinha um verdadeiro Rei na barriga, que poderia anunciar ao mundo que ela era a mãe do Salvador, porém optou por uma vida oculta, para que seu filho aparecesse. Ela poderia chegar nas Bodas de Caná e dizer aos noivos: “Não se preocupem, amigos, porque o M-E-U F-I-L-H-O, o Messias Prometido está aqui e resolverá esse furdunço!” Mas não, ela pediu as espreitas, sem levantar alvoroço.

Melhor do que pregar com palavras é pregar com atitudes! Sejamos cristãos não de nome, mas de fato, para que a Verdade de Cristo seja transportada por você. Sejamos menos egoístas, hipócritas, orgulhosos, para que sirvamos de exemplo para os demais. Julgando alguém, condenando-o é que não resolveremos nada!

2 comentários:

  1. É normal haver julgamentos quando somente olhamos para nós mesmos e quando acreditamos que todos deveriam pensar como nós pensamos, e tudo aquilo que seja diferente da nossa ideia, se torna alvo de críticas. Cada um sabe de sua vida, mas nada sabe da dos outros. Gente que quer ser moralista, certamente é porque tem culpa no cartório, tem o rabo preso, quer ocultar a grande cagada que fez transferindo a responsabilidade para os outros.

    ResponderExcluir