terça-feira, 7 de outubro de 2014

DONA LUCÍLIA – Mons. João Clá Dias



Hoje quero falar sobre esse livro que muito me surpreendeu. A história de uma mulher que com sua simplicidade mudou a vida de seus familiares e inspirou um dos melhores teólogos que nosso Brasil já teve: seu filho o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira.

Esse livro contem em torno de 600 págs. mas de uma leitura leve; leve o suficiente para me fazer terminá-lo em 1 semana! Como foi ótimo ler essas páginas tão edificante que conta com riqueza de detalhes a vida de uma dama do séc. XIX do nosso Brasil imperial. Uma dama que nem por isso se deixou levar pelos luxos de sua época, uma pessoa simples e humilde, rica e importante, porém que a todos atendia de muito bom coração e agrado.

A finalidade do livro é divulgar a vida dessa mãe de família e fazer crescer no coração dos brasileiros a admiração e devoção por essa senhora e, de repente, conseguirmos a beatificação e canonização dessa ilustre mulher.

No início pensei: "Nossa, mas o que demais ela fez?". No entanto, no decorrer do livro a sua simplicidade, o passar do tempo, as atitudes de sua vida, as adversidades, o caráter vai te cativando. Principalmente quando se torna idosa, fica ainda mais evidente a religiosidade dela.

Ao término da leitura, eu fiquei tão edificada e cheguei a seguinte conclusão, daquelas bem óbvia, mas verdadeira: A SANTIDADE ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS!

Recomendo a todos para leitura. Espero que a leitura os edifique a vida de vocês!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Jesus de Nazaré, de Bento XVI



Olá caros amigos! Há quanto tempo não vos escrevo... pois é. Andei afastada do blog. Como apareceu um outro projeto, me animei a retomar esse e atualizá-lo com dicas de leitura e textos católicos.

Já faz alguns meses que terminei o livro que sugiro aqui acima. Mas também demorei bastante para ler. Primeiramente porque é um livro denso de conteúdo. Um parágrafo daria para ser um capítulo de tão importante; o livro tem em torno de 300 págs. de texto corrido (as demais são bibliografias); e terceiro porque quando comecei a lê-lo, vi quão importante era e comecei a grifá-lo.

O Papa, em sua introdução, relata que o objetivo dele é falar quem foi Jesus. Não o Jesus libertário, histórico-crítico e todas essas separações e diferenciações; ele fala do Jesus. O Jesus Cristo, que morou em Nazaré com sua família e o Jesus que é descrito na Bíblia.

No decorrer do livro, ele faz diálogo com outros teólogos, com escritores não cristãos, ora apoiando, ora mostrando a realidade. Realmente é um livro que recomendaria a todos. Só preste a atenção porque ele é meio carregado de palavras específicas das quais você pode não entender determinados trechos.

Ele traz a tona muitas questões fundamentais sobre Deus, as responde, apesar de não aprofundar para não se perder do assunto.

Esse livro é desde o batismo no rio Jordão até a transfiguração (essa pouco comentada). O Papa explica a tentação de Jesus, a novidade do Reino de Deus (mas o que é o Reino de Deus? Ele explica!), cada versículo do Sermão da Montanha, as orações de Jesus (principalmente o Pai-Nosso, que é explicado tintim por tintim), os discípulos, o evangelho de São João, as 3 principais parábolas (filho pródigo, samaritano e Lázaro), entre outros temas.

Para deixar vocês com a vontade de se saciar nessa fonte de saber, aqui vai um dos inúmeros belos trechos do livro de nosso querido Papa Emérito Bento XVI:


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Confissões de Um Pecador


Olá meus leitores. Fazia muito tempo que não escrevia. Me faltava inspiração. E eu creio que estava num estado espiritual mais recluso, mais reflexiva comigo mesmo.

Agora, para marcar meu retorno, escrevi um poema dialogado, chamado Confissões de um Pecador onde, inspirado pela obra de Santo Agostinho, o eu-lírico se confessa a Deus pedindo uma chance de "estar entre os eleitos, Senhor,/ Os queridos que estão em comunhão com Ti". Caso achem algum erro gramatical, não se esqueçam da Licença Poética!
Espero que apreciem essa obra:


Senhor, não sou digno de estar em sua presença,
Pois não possuo as mãos limpas.
Mas mesmo assim ouso lançar-lhe um olhar,
Pois não posso estar sem Ti.

Venho de terras longíquas,
Terras de estrangeiros, ausentes de Deus.
Seu amor me chamou de tão longe
E não posso resistir a esse sentimento.

Não sei se sou digna de perdão, Senhor,
Mas estou aqui, de joelhos e lágrimas nos olhos,
Suplicando ser mais digno de Teu amor
E estima, afeto que não tenho.

A quem muito deve, muito lhe é perdoado,
E muito, mas muito mais o devedor Lhe é grato.
Por isso ouso suplicar uma chance
De retribuir um pouco de Sua Caridade.

Quem é mais perdoado, mais pode dar testemunho
De Teu Amor gratuito para com a humanidade.
Quero estar entre os eleitos, Senhor,
Os queridos que estão em comunhão com Ti.

Se São Paulo que Te perseguiu,
Se São Pedro que Te negou,
Se Santo Agostinho que Te rejeitou,
Estão em comunhão plena Contigo,
Poderia eu, Senhor, estar entre os seus,
Nesse banquete esplendido de Amor?

Senhor, as palavras me faltam,
Mas lembra-se da confissão desse pecador
Que todos os dias pede seu perdão
E que, mesmo sabendo que voltarei a pecar,
Me perdoa e me acalenta nos braços de Pai.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como Deus é Misericordioso!



"Aleluia. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia" (Salmo 117, 1)

Como Deus é bom, maravilhoso e compassivo... isso posso verificar no meu dia-a-dia, na minha vida e, principalmente, na vida de outras pessoas. Em um outro texto falei sobre as aparições de Nossa Senhora, que era uma obra permitida por Deus, para nos alertar, aconselhar etc. tenho lido a Bíblia e terminei Isaías e estou terminando Jeremias. E quão notável é a obra de Deus na vida do Povo de Israel.

Basicamente o livro de Jeremias é composto por muitos oráculos, nos quais o Senhor afirma que se Israel não se converter, serão deportados para Babilônia, por Nabucodonosor, que não façam resistências, pois poderão ser mortos etc.

Quando li II Reis, observei o quanto Deus é paciente, mas a partir do momento em que estudei a cronologia dos fatos, e li o referido livro, notei que Deus foi muito, muito, muito paciente. A obra chega a ser "entediante", porque o Senhor alerta sempre as mesmas coisas, as quais relatei acima.

Durante a leitura, pensei: "Mas que povo cabeça dura!!! Onde já se viu? O Senhor fala por meio do profeta Jeremias e a população, em vez de ouvir, querem é matar o coitado!". Entretanto, ao mesmo tempo, recordei da aparição em Fátima, em que Santa Maria nos afirma: "A guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior". A pergunta é: as pessoas se converteram? O que ocorreu no papado de Pio XI? Eis a II Guerra Mundial, na qual milhares de pessoas foram mortas por causa de fanatismos.

Podemos observar que entre uma e outra história há por volta de 2700 anos de diferença, porém a atitude, a cabeça do ser humano nada mudou. Por que Senhor, por que somos tão falhos e não somos capazes de abrir nossos corações para a Verdadeira Mensagem? 

domingo, 24 de julho de 2011

Festa da Paróquia--> Entre contradição e apoio!


Ontem, dia 23, ocorreu a esperada festa julina da Paróquia Cristo Rei. Uma festa grandiosa em prol das melhorias na referida comunidade. Esse evento tinha um adicional a mais no quesito desejado: a venda do álcool, prejudicaria ou não a festa? Acabei indo para verificar a reação dos frequentadores.

Na chegada logo verifiquei um detalhe que, a priori, acreditei que seria causa de muitos problemas: na frente do portão paroquial, mas do outro lado da rua, havia barraca de cerveja e coquetel. Pensei: essa quero ver... vamos verificar o que a "sobriedade" vai fazer.

Entramos, compramos quitutes, fomos no bazar, encontramos nossa família, enfim, foi extremamente agradável. Porém percebi que os participantes da festa compravam a cerveja e entravam, normalmente, ao contrário do que previa a "sobriedade", já que eles fazem e acontecem, são os donos da igreja e diziam que barrariam as pessoas.

Não bebi cerveja, apenas um copo de quentão (que estava sendo vendido na própria festa [detalhe: álcool! Que contradição!]) e refri, juntamente com meu esposo. Após certo tempo, decidimos ir embora, já que estava com sono e cansada.

Resumindo: essa festa seria um meio termo entre o que eu penso e o que nosso pároco aceita - a igreja vendeu álcool? Não! Mas quem gostaria ficou sem beber? Não, porque, quem quisesse, teria a opção de sair da festa, comprar a bebida e voltar.

Gostei da festa, porque contemplou todo o povo de Deus, povo este tão heterogêneo e multicultural. Agora o que me admira é que, em sua homilia na Missa na Migrante, nosso vigário pe. Paulo Ricardo elogiou a festa por não ter havido álcool, que os pais não chegaram em casa e não brigaram com suas esposas e filhos etc. que contradição: houve álcool (mesmo que indiretamente), não houve brigas (porque nas festas anteriores não houveram brigas) e quanto a briga de maridos... bem, será que ele tem essa "televidência", ou amplitude para saber se há ou não brigas em casa quando a álcool nas festas religiosas? Como ele mesmo afirmou em sobre festas cristãs, "o mundo acha um sacrifício a gente optar por uma festa religiosa, em vez da balada"; ou seja, não é qualquer um que vai em festa de igreja.

Isso só nos prova uma coisa: nossos atuais padres não estão tão presentes em nossos eventos comunitários, pouco conhecem dos seus paroquianos e pouco ajudam (braçalmente) nas festas. Verdade seja dita e justiça seja feita!