Olá meus leitores. Fazia muito tempo que não escrevia. Me faltava inspiração. E eu creio que estava num estado espiritual mais recluso, mais reflexiva comigo mesmo.
Agora, para marcar meu retorno, escrevi um poema dialogado, chamado Confissões de um Pecador onde, inspirado pela obra de Santo Agostinho, o eu-lírico se confessa a Deus pedindo uma chance de "estar entre os eleitos, Senhor,/ Os queridos que estão em comunhão com Ti". Caso achem algum erro gramatical, não se esqueçam da Licença Poética!
Espero que apreciem essa obra:
Senhor, não sou digno de
estar em sua presença,
Pois não possuo as mãos
limpas.
Mas mesmo assim ouso
lançar-lhe um olhar,
Pois não posso estar sem
Ti.
Venho de terras longíquas,
Terras de estrangeiros,
ausentes de Deus.
Seu amor me chamou de tão
longe
E não posso resistir a esse
sentimento.
Não sei se sou digna de perdão, Senhor,
Mas estou aqui, de joelhos e
lágrimas nos olhos,
Suplicando ser mais digno de
Teu amor
E estima, afeto que não
tenho.
A quem muito deve, muito lhe é perdoado,
E muito, mas muito mais o
devedor Lhe é grato.
Por isso ouso suplicar uma
chance
De retribuir um pouco de Sua
Caridade.
Quem é mais perdoado, mais pode dar testemunho
De Teu Amor gratuito para
com a humanidade.
Quero estar entre os
eleitos, Senhor,
Os queridos que estão em
comunhão com Ti.
Se São Paulo que Te
perseguiu,
Se São Pedro que Te negou,
Se Santo Agostinho que Te
rejeitou,
Estão em comunhão plena
Contigo,
Poderia eu, Senhor, estar
entre os seus,
Nesse banquete esplendido de
Amor?
Senhor, as palavras me
faltam,
Mas lembra-se da confissão
desse pecador
Que todos os dias pede seu
perdão
E que, mesmo sabendo que
voltarei a pecar,
Me perdoa e me acalenta nos
braços de Pai.