quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Confissões de Um Pecador


Olá meus leitores. Fazia muito tempo que não escrevia. Me faltava inspiração. E eu creio que estava num estado espiritual mais recluso, mais reflexiva comigo mesmo.

Agora, para marcar meu retorno, escrevi um poema dialogado, chamado Confissões de um Pecador onde, inspirado pela obra de Santo Agostinho, o eu-lírico se confessa a Deus pedindo uma chance de "estar entre os eleitos, Senhor,/ Os queridos que estão em comunhão com Ti". Caso achem algum erro gramatical, não se esqueçam da Licença Poética!
Espero que apreciem essa obra:


Senhor, não sou digno de estar em sua presença,
Pois não possuo as mãos limpas.
Mas mesmo assim ouso lançar-lhe um olhar,
Pois não posso estar sem Ti.

Venho de terras longíquas,
Terras de estrangeiros, ausentes de Deus.
Seu amor me chamou de tão longe
E não posso resistir a esse sentimento.

Não sei se sou digna de perdão, Senhor,
Mas estou aqui, de joelhos e lágrimas nos olhos,
Suplicando ser mais digno de Teu amor
E estima, afeto que não tenho.

A quem muito deve, muito lhe é perdoado,
E muito, mas muito mais o devedor Lhe é grato.
Por isso ouso suplicar uma chance
De retribuir um pouco de Sua Caridade.

Quem é mais perdoado, mais pode dar testemunho
De Teu Amor gratuito para com a humanidade.
Quero estar entre os eleitos, Senhor,
Os queridos que estão em comunhão com Ti.

Se São Paulo que Te perseguiu,
Se São Pedro que Te negou,
Se Santo Agostinho que Te rejeitou,
Estão em comunhão plena Contigo,
Poderia eu, Senhor, estar entre os seus,
Nesse banquete esplendido de Amor?

Senhor, as palavras me faltam,
Mas lembra-se da confissão desse pecador
Que todos os dias pede seu perdão
E que, mesmo sabendo que voltarei a pecar,
Me perdoa e me acalenta nos braços de Pai.